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domingo, 4 de setembro de 2011

CIDADE, MOVIMENTO, OLHAR, IMAGENS, VIDAS ... EXEMPLOS DO COTIDIANO





Como definir uma cidade?O que ela representa para cada um de seus habitantes e o que cada um destes simboliza para construir sua complexidade? O que há em cada imagem produzida e reproduzida no dia a dia dos sujeitos que tornam cada dia único, com suas divergências e semelhanças vivenciadas por seus personagens? O que há em cada gesto, expressão, movimento, em cada história? Que mescladas com as demais histórias fazem brotar esse aglomerado de construções que apresentam suas vidas, suas circunstancias, seus desejos, casos e acasos presentes em cada individuo que em muitas ocasiões se confundem e que pelo curso seguido das agitações de suas características não conseguimos na maioria das vezes identificarmos a essência do que está diante de nossos olhos.
O cotidiano de uma cidade é marcado pelas idas e vindas de pessoas das mais variadas peculiaridades que a estas lhe proporciona vidas com suas especificidades, suas atividades, seus anseios, situações corriqueiras, algumas pitorescas, problemas que parecem se repetir dia após dia, mas que se resumem em pessoas transitando em busca de um amanhã, quem sabe melhor que o hoje ou pelo menos garantir o que se conquistou pelo esforço desprendido. Isso é o que possibilita essa gama de detalhes que transformam cada sujeito em perfeito artista e cada rua num cenário onde a peça chamada de cotidiano vai ganhando forma através de cada ação que parecem ritmadas pelos contornos e sons desse autentico e diversificado palco aonde a vida vai se desenhando. É o que um simples olhar atencioso de uma imagem poderá nos oferecer.
Quantos exemplos poderíamos observar e o quanto aprenderíamos a valorizar o que temos na vida e quem está aos nossos olhos que se por um momento fixássemos o olhar nesse vai e vem de vidas;se por poucos segundos contemplar as particularidades de cada representação; de cada construção onde em suas paredes estão gravadas diversos elementos da memória da cidade e perspectivas de novos componentes; Se como numa câmera fotográfica parássemos por um instante esse emaranhado de contextos; num determinado movimento de um trabalhador; o semblante de alguém  durante a sua rotina diária onde está depositado todas as suas esperanças do que não pôde ser realizado hoje, talvez consiga no dia seguinte tendo como melhor exemplo a certeza de que “ nada como um dia após o outro”; o semblante de outro com a incerteza se o dia seguinte será mais compreensível com a vida que lhe foi destinada; um simples caminhar poderá tanto nos dizer: as vezes firme nos demonstrando segurança, apressado revelando ansiedade,compassado  significando serenidade ou descompassado declarando insegurança, talvez preocupação; Se com o olhar do mesmo instante visualizássemos duas realidades diferentes  seja pela condição social ou por outro motivo, mas o que de importante para nós será perceber que no curto espaço da cidade que as vezes imaginamos conhecer existem realidades tão opostas, tantas contradições, que esbarramos todos os dias, no entanto não paramos para interpretar, precisaríamos de poucos segundos do nosso dia para isso, segundos estes que, quem sabe ajudaria a melhorar quantos segundos que teríamos pela frente, em nossas vidas ou de alguém que está ao nosso lado.
Como definir uma cidade?O que ela representa para cada um de seus habitantes e o que cada um destes simboliza para construir sua complexidade? O que há em cada imagem produzida e reproduzida no dia a dia dos sujeitos que tornam cada dia único, com suas divergências e semelhanças vivenciadas por seus personagens? O que há em cada gesto, expressão, movimento, em cada história? Estas foram perguntas com as quais iniciamos esta reflexão. Então que respostas poderíamos a elas proporcionar? A vocês que reservaram alguns minutos de suas vidas à leitura destas palavras fica uma simples resposta que será satisfatoriamente complementada com o pensamento de cada um de vocês: um olhar, isso mesmo, um olhar atencioso a essas variedades de contextos que se entrelaçam no cotidiano das ruas e ambientes de nossa cidade; Cada um de nos irá perceber o que dá vida a cidade e como as pessoas que desta fazem parte desempenham diariamente o seu papel nesse teatro real da vida. De momento fica o desejo de que com este trabalho um pouco de que nosso olhar pode captar possa ser oferecido pelas imagens que nossos alunos extraíram do dia a dia da cidade aliado ao anseio de que após esta exposição, quem sabe amanhã, cada um de nós possa ao sair de casa pelas cenas observadas pelo olhar possamos adquirir significativas lições de vida.
Uma imagem traduz sem recorte o que muitas vezes as palavras não conseguem expressar.

(Ismael Lima Dantas)

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